domingo, 28 de março de 2010

Otelo, o Primeiro Homem da Luta

O que me agrada na Assírio é a sua imperfeição: uma editora é um cadáver surrealista, esquisito, cesariano. A Assírio não foi sempre a casa da poesia. A Assírio começou muito diferente. E de quando em vez surgem numa ou outra feira - desta vez por um euro na estação Oriente - exemplos de um começo tão pouco literário. Uma editora faz-se da soma dos erros que um editor toma. E, esperamos todos, ainda mais da soma dos acertos. Otelo Saraiva de Carvalho ao lado de Herberto Helder? Agrada-me. Quatro anos de diferença entre o primeiro "homem da luta" e A Cabeça Entre as Mãos. De quem gostamos mais? A capa, em cima, já é um bom pedaço de poesia...