domingo, 28 de março de 2010

Bolonha


Aprende-se muito nas viagens, descobri. Dantes achava que nas viagens só se aprendia o que os livros que levávamos permitiam.

Esta viagem foi diferente. Tão cansativa. Mas ao mesmo tempo, não sei bem porquê, reveladora. Nomeadamente de algumas coisas que me parecem importantes de referir. Assim:

- Em Bolonha come-se muita massa. Espanto maior é, existindo o petisco, não existir o nome "massa à bolonhesa".

- Em Bolonha a polícia quando precisa de andar mais rápido usa o Lamborghini que tem na esquadra.

- Em Bolonha a maior parte dos polícias andam de Ducati.

- Em Bolonha não hás revisores nos STCP / Carris lá do sítio. E não há tanto que ninguém paga bilhete nos autocarros.

- Em Bolonha um dos mais interessantes insultos a um jogador (ouvi-o bem alto, atrás de mim, a um jogador do Roma) é "extra-comunitário".

- Em Bolonha, por debaixo da biblioteca pública, há ruínas romanas (bem, bolonhesas, convenhamos). Nelas, um dos caminhos vai dar, em linha recta, directamente a Roma. Por alguma coisa "todos os caminhos vão dar a Roma".

- Em Bolonha descobri que os irmãos Koala não existem na televisão australiana. Na Austrália, basicamente, ninguém sabe quem é que são o Franco e o Beto.